Imprevisivelmente passaram praticamente 20 dias que não dei sinal de vida.
Mas na verdade até dei, não aqui, mas nas mil coisas que me rodeiam e que cada vez que penso em escrever subitamente acontecem, como é hoje o caso,a minha primeira otite da vida. Mas não vai levar a melhor e vou ser imprevisÃvel para ela. Era suposto, chá e cama, não é menina? Não!
Não vale a pena pedir desculpas de joelhos pela ausência. Não tem piada, e por aqui muito menos. Detesto a palavra ausência.. eu não estive ausente... prometo... não estive foi presente.
Amanhã comemora-se o dia internacional da fotografia.
A maioria dos meus sabem que tiro fotografias por tudo e até por nada, com pouco jeito diga-se. Tiro fotografias aos momentos, às paisagens, às refeições, às caras sem jeito, às caras com jeito, aos sorrisos, às tristezas.
Qualquer coisa para mim é pretexto para fotografar. Porquê? Porque mais tarde, vou olhar para a fotografia e pensar no momento que tive, na altura em que estava, o que vivi, o que senti, enquanto essa fotografia era tirada. A sensação de olhar para as fotografias em criança fazem-me imaginar histórias, porque como vocês sabem ninguém se lembra do momento em que nasceu, e isso é tão bom e tão reconfortante, traz tanta saudade boa de quem já partiu. É tão doce o que sinto que nem as palavras que também são óptimas aliadas, não conseguem dizer.
A fotografia bate records na memória.
A memória visual é uma coisa do outro mundo, faz levitar, faz imaginar, faz sonhar, faz acreditar, faz milagres diria.
Na altura em que preparava o meu casamento, que está quase a fazer um ano de inicio dos preparativos (quando começarem os festejos eu tenho uma surpresa pensada e estudada ao pormenor durante estes meses, daà o ligeiro abandono da rubrica "2 meses e agora?". Ela vai regressar.) um fotógrafo, que de facto me inspirou. Inspirou o casamento em que agarrei o bouquet da noiva e posteriormente de uma maneira singular inspirou toda a reportagem do meu casamento e antes a sessão de namoro. Modernices de agora, como diria a minha mãe e eu fiz questão de tê-las.
E a verdade é que nunca mais me vou esquecer da praia onde fizemos a sessão de namoro, a praia da Cresmina. O meu objectivo era ser no Guincho, tem um sabor especial para mim, mas o vento que se fazia sentir, não deixou e escolheu-se outro local perto.
Não me vou esquecer do momento em que chegámos junto ao Pedro e começámos a sessão e o E. sem saber bem para o que ia. Eu já tinha "estudado" o assunto: roupa nova, cabelo decente, nervos (coisas de mulheres) e lá fui. E de facto quem ama o que faz coloca TUDO no trabalho... e o Pedro fez e faz na perfeição.
E hoje venho falar-vos de fotografias que me inspiram todos os dias quando penso nelas na minha memória. Quando acordo de manhã sem vontade de sair da cama, quando o corpo não me quer obedecer. Venho falar-vos de fotografias a que me agarro e penso, que quando existem tempestades elas passam, é preciso ter paciência, ser persistente, acreditar que são apenas tempestades sem estragos. Mas às vezes não tenho calma, tarda em chegar, mas devagarinho, com o sabor da brisa do mar ela vem, com o sabor das noite do guincho.
Deixo-vos com algumas dessas fotos e com o trabalho surpreendente de quem ama realmente a fotografia, o trabalho do Pedro.